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"Nem tudo é o que parece ser: a biofluorescência nos mostra uma visão diferente de cores não tão evidentes"

Amanda Vaccani

Imagem: Athila Bertoncini

Comunicação

Todos os animais apresentam mecanismos de comunicação e os cavalos-marinhos não são diferentes. Eles podem produzir som através de estalos feitos com os ossos da cabeça, assim como vibrações da bexiga gasosa. Além disso, esses animais conseguem mudar sua coloração para se camuflar e até mesmo para sinalizar ao parceiro que está disposto à reprodução. Nossos estudos iniciaram através de testes comportamentais para avaliar a capacidade dos cavalos-marinhos em distinguir cores.

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Experimento conduzido por Natalie Freret-Meurer para testar diferenciação de coloração.

Além das cores usuais, o projeto vem estudando o processo de comunicação a partir da biofluorescência. Esse fenômeno é conhecido pela capacidade de um animal em receber um espectro de luz, absorver parte dele e refletir a outra parte de maneira direcionada. Até o momento, a comunidade científica sabe muito pouco ainda sobre as funções da biofluorescência para as espécies.
Atualmente, estão sendo estudadas as funções ecológicas da biofluorescência, sendo assim será que o cavalo-marinho brilha para assustar um predador? Ou será para atrair a presa? Será que machos e fêmeas brilham diferente? 

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Projeto de doutorado de Amanda Vaccani com biofluorescência

O que sabemos até agora?

Descobrimos que o cavalo-marinho-do-focinho-longo Hippocampus reidi consegue diferenciar o vermelho do verde e do azul, porém o confunde com amarelo. Já o trabalho publicado pela equipe do nosso projeto sobre biofluorescência, Vaccani et al. (2021), descobriu que essa mesma espécie fluoresce apenas as cores vermelha e verde, ou seja, ele brilha vermelho e verde! As demais perguntas sobre biofluorescência ainda estão sendo estudadas.

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Vaccani et al. 2021

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